A Caritas Internacional (Caritas Internationalis) é uma confederação de 165 organizações humanitárias da Igreja Católica que atua em mais de duzentos países em todo o mundo. A primeira organização da Caritas foi estabelecida em Friburgo, Alemanha, em 1897. Em seguida lentamente expandiu-se pelos países de Europa e nos Estados Unidos da América (1910). 27 anos depois a organização da Caritas contava com 60 delegados de 22 países formaram uma conferência, com sede na Caritas Suíça em Lucerna. Depois de II guerra mundial o trabalho foi retomado em 1947, com a aprovação do Secretariado de Estado, e reuniram-se duas conferências em Lucerna para coordenar a ajuda e a colaboração. Foi dado um apoio suplementar à Caritas quando o Secretariado de Estado lhe confiou a representação oficial de todas as organizações de apoio social a nível internacional, especialmente junto das Nações Unidas.

Em 2015, a Confederação tinha 164 membros, trabalhando em mais de 200 países e territórios. Seu Secretariado Geral está localizado no Palazzo San Callisto, na Cidade do Vaticano.

O arcebispo Tarcisius Isao Kikuchi, SVD, arcebispo de Tóquio, no Japão, foi eleito na noite de sábado como o 13º presidente da Caritas Internationalis.

Ele cumprirá um mandato de quatro anos à frente da confederação de 162 organizações católicas de assistência, desenvolvimento e serviço social. A Caritas opera em mais de 200 países e territórios em todo o mundo e procura construir um mundo melhor, especialmente para os pobres e oprimidos.

O Arcebispo Kikuchi também atua como presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Japão e Secretário Geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC).

Em conjunto, regem-se pela doutrina social da Igreja e orientam a sua acção de acordo com os imperativos da solidariedade, dando resposta às situações mais graves de pobreza, exclusão social e situações de emergência em resultado de catástrofes naturais ou calamidade pública.

A Caritas Angola iniciou as suas actividades em 1957. As primeiras acções desenvolvidas até 1969 envolveram a prestação de assistência às comunidades afectadas pelos conflitos entre o exército colonial português e as guerrilhas nacionalistas que lutavam pela independência. Outra actividade significativa que implicou o apoio a estas comunidades foi o primeiro surto de febre hemorrágica do Ébola.

A partir de 1970 a Caritas Angola começou a funcionar como uma organização autónoma da Caritas Portugal. Centrou-se na mitigação dos efeitos dos conflitos armados. Para este efeito, foram identificadas as concentrações mais elevadas de pessoas deslocadas pela guerra e foram feitos esforços para sensibilizar as comunidades urbanas para as pessoas deslocadas no seu meio. A ligação com a Caritas Internationalis e outras organizações foi utilizada para distribuir bens essenciais às áreas mais perigosas e remotas e foram oferecidos cuidados de saúde e apoio moral às pessoas afetadas pela guerra.

Todas as ações assistenciais foram realizadas de forma imparcial e sem qualquer discriminação religiosa. A Caritas Angola foi a única organização que conseguiu entregar mercadorias por via aérea para a Jamba, sede da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), bem como para outras províncias remotas.

A partir de 1983 a Caritas Angola passou a funcionar mais como instituição, após um processo de estruturação que culminou na nomeação de um Secretariado Nacional para gerir o seu funcionamento. No período de 1994 a 1996, foram criados comitês diocesanos.

Hoje a Caritas Angola conta com 19 Cáritas diocesanas e actua nas seguintes áreas: capacitação institucional, preparação para catástrofes e angariação de fundos; empresas e influenciando políticas públicas; cuidados de saúde (especialmente no que diz respeito ao VIH-SIDA e à saúde materna e infantil); alfabetização e formação profissional; e agricultura (com prioridade dada às zonas rurais).

Os membros da Caritas África concentram-se no desenvolvimento humano, na construção da paz e na justiça económica, ao mesmo tempo que respondem de forma prática a algumas das maiores e mais complexas emergências humanitárias do mundo.

Uma pesquisa com membros da Caritas África em 31 países mostrou que a Caritas está presente em 372 dioceses e há 15.000 Caritas paroquiais. A pesquisa mostrou que existem 867 funcionários a nível nacional e 38.600 a nível diocesano e paroquial. A Caritas depende em grande parte dos seus voluntários em África: nada menos que 453.000 oferecem os seus serviços.

Nos 31 países pesquisados, os membros nacionais da Caritas ofereceram serviços a 73 milhões de pessoas.